Li uma coluna hoje que me deixou bastante incomodada e irritada. Foi publicada pelo professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor João Herkenhoff ao Jornal A Gazeta sob o título “Cultos ruidosos”.
O Colunista fala sobre a constituição federal, especificamente do artigo 5º, inciso 6, a respeito do direito à liberdade religiosa. Ele ainda acrescenta e diz que esse direito termina onde começa o direito alheio. Até então, tudo bem. Concordo que religião é uma escolha e essa opção não pode incomodar os outros que não são obrigados a aceitá-la.
Após rodeios, Herkenhoff mostra aonde quer chegar. “É legítimo que um evento religioso expulse os moradores de suas casas, obrigando esses moradores a refugiar-se alhures, por ser absolutamente insuportável o ruído provocado pelo evento? É legítimo que um evento religioso proíba o trânsito de carros na rua onde o evento ocorre, impossibilitando os moradores de entrar na própria casa ou dela sair?” Não !
Concordo.
Ele ainda conclui. “Teço estas considerações num momento em que os moradores da Praia da Costa foram atingidos justamente pelo que está descrito neste artigo. Como decorrência de um evento religioso, moradores do bairro tiveram de sair de casa para poupar-se do barulho insuportável e do aprisionamento no próprio lar, sem a possibilidade de locomover-se”.
O Colunista fez referência ao evento “Jesus Vida Verão” que acontece todos os anos nos finais de semana no mês de Janeiro.
Vai me desculpar, mas à sociedade inteira tem que agüentar o barulho estrondoso que o Carnaval faz gostando ou não gostando dele! Da mesma forma que teve que agüentar o Vital quando ele ainda era realizado em Camburi. E uma vez por ano num evento maravilhoso de adoração a Deus que o colunista mesmo chamou apenas de RUÍDO deve ser subvertido????
Aí eu não concordo !
Penso em qual palavra pode ter à expressão máxima de barulho para ver no título que ele fará na coluna após o carnaval. Aaah! Que tolice achar que o carnaval azucrinará alguém. Essa história que o barulho faz mal à saúde e que as pessoas não conseguem sair de casa durante o evento evangélico é uma desculpa que o autor usou para mostrar sua posição negativa contra à religião e aos eventos religiosos, porque o ruído do carnaval, a ele não vai importunar!
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