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Gabriela Souza
As aventuras do bruxinho influenciam a vida de milhares de crianças e adolescentes no mundo todo

A obra Harry Potter, de J. K. Rowling é reconhecida mundialmente, os sete livros da série venderam cerca de 400 milhões de exemplares. O sucesso não foi menor nas telonas, desde o lançamento do primeiro filme o bruxinho se torna líder de bilheteria. As seis megaproduções lançadas até 2009 arrecadaram 5,4 bilhões de dólares e encheram os cofres da Warner Bros. A trama da série causa polêmica. Psicólogos discutem se a influência da série é importante e construtiva no desenvolvimento dos pequenos fãs.

Enquanto a parte 1 do último filme bate recordes de bilheteria, já são mais de 615 milhões de dólares arrecadados no mundo todo. Os fãs que assistiram ao filme não aguentam esperar a parte 2, com previsão de estréia para julho de 2011, e estão relendo o livro para diminuir a ansiedade. Apesar de já saberem o final, a expectativa para o fim da história só aumenta.

Segundo Vinícius Henriques, fã incondicional de Harry Potter, o final do livro deixou a desejar. ‘’Espero que o fim seja fiel ao livro, apesar de não gostar muito do final do livro, a autora foi muito rápida. Para uma obra tão grande como essa, o final merecia, no mínimo, mais dois capítulos. Pode ser que o último filme venha a consertar essa falha’’, esbravejou Henriques.

As crianças também desfrutam das aventuras de Harry e dos dilemas que se instauram na trama. Caracterizado de Harry Potter na estréia da I parte do filme Relíquias da Morte, João Victor ferreira, 7, declara sua admiração pelo Bruxinho. “Eu gosto do Harry porque ele é do bem e vai destruir os bruxos do mal”, falou convincente.

Valores

Segundo alguns fãs, a obra marcou de tal maneira a geração, que os valores e as características dos personagens principais foram captados e de alguma forma incutidos na vida deles. “Quando lançou o primeiro filme ainda era criança e hoje percebo como a série mudou a minha infância, o quanto me identifico com a história e o quanto guardei de cada personagem, mesmo entendendo se tratar de uma obra ficcional”, observou Júlia Almada.

Alguns psicólogos acreditam que a influência da série na geração não acrescenta algo construtivo ao desenvolvimento dos fãs infanto-juvenis, e que é bobagem acreditar em magia e superstição. Outros, dizem que a J. K. Rowling soube contar uma história que incute mais valores do que peripécias, valores como lealdade, amizade e altruísmo.

Porém, o psicólogo e teólogo Erasmo Vieira, não vê a ficção como instrumento de influência para a geração. “Desde que o mundo é mundo, sempre se contou histórias fantasiosas, da branca de neve, da bela adormecida e que nunca influenciaram em nada. Na verdade, esses filmes são uma ótima oportunidade para os pais operarem um direcionamento educacional, para fazerem e estabelecerem uma escolha daquilo que é nocivo, daquilo que é natural ou até criativo para seus filhos. Particularmente, não vejo a história como algo ruim”, pontuou Vieira.

3D

O filme “Harry Potter e as Relíquias da Morte” parte 1, seria lançado na versão 3D. Porém, em cima da hora, foi cancelado pela Warner Bros. pelo descontentamento da produção por conta da qualidade insatisfatória que seria transmitida devido ao formato da versão. “Decepcionei-me com o cancelamento, seria melhor ter a versão 3D, mas entendo a produção, foi melhor assim”, concluiu Júlia.

Já o fã Rodrigo Alves gostou da decisão e espera que a segunda parte do filme final seja toda no novo formato. “Sempre fico chateado com os filmes em versão 3D, pois fazem apenas poucas partes e não o filme inteiro no formato. Prefiro que a primeira parte de Harry saia agora, do que ter que esperar mais tempo para ver pequenas partes em 3D”, disse.
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Conheça a história de Harry Potter:
Fãs preferem os livros para conhecer melhor a história:

ASSISTA:

Harry Potter e o final da história:

Veja o que a fã e estudante de RTV, Juane Vaillant, achou do fim da história



Harry Potter e a divisão do filme em duas partes:

Confira a opinião de Juane Vaillant



Conheça o Parque temático de Harry Potter:


Em uma tentativa de tornar real a história do bruxinho, foi criado um parque temático, O Mundo Mágico de Harry Potter, localizado dentro do parque Islands of Adventure, em Orlando, nos Estados Unidos. O parque segue a mesma fantasia narrada nos livros de J. K. Rowling. Confira todas as atrações no site oficial do parque.

http://www.universalorlando.com/harrypotter/

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Gabriela Souza

As publicações iniciadas em 1997 e concluídas em 2007, e os filmes, cujo primeiro entrou em cartaz em 2001, proporcionaram aos fãs a oportunidade de amadurecer junto ao romance, tanto da perspectiva da evolução da história quanto da evolução do filme.

No que se refere à linguagem audiovisual, o que se vê de diferença entre o primeiro filme Harry Potter e a Pedra Filosofal, e a primeira parte do último, Harry Potter e as Relíquias da Morte, é a excepcionalidade do último no que se refere à fidelidade à narrativa do livro. “A divisão do filme em duas partes dispensou a necessidade de muitos cortes, pois há tempo para que os acontecimentos sejam mostrados sem os atalhos usados nos outros filmes da série”, disse a fã Júlia Almada.

Não é fácil adaptar a história de um livro para a linguagem do cinema. “Gosto mais dos livros, o filme é uma coisa, o livro é outra. Não tem como você passar tudo que tem em um livro para um filme”, disse Juane Vaillant, estudante de Rádio e Televisão. Segundo ela, os filmes deixam a desejar um pouco no clima de mistério que tem no livro, mas mesmo assim são ótimos, superproduções.

Os livros se diferem aos filmes pela riqueza de detalhes. O fã Vinícius Henrique prefere os livros por passar melhor a mensagem de cada parte. “Os filmes cortam muita coisa e também modificam. Deixam algumas partes sem muita clareza. Por exemplo, quem acompanha somente pelos filmes muitas vezes esquece alguns personagens”, contou.
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Gabriela Souza
Conheça a História:

Harry Potter e a Pedra Filosofal

Quando Harry Potter ainda era bebê seus pais foram assassinados por Voldemort, um bruxo das trevas, que não satisfeito tentou matá-lo também. Entretanto, ao contrário de Potter, foi o bruxo que foi destruído, apesar de muitos acreditarem que não tenha sido completamente, que ele está apenas fraco, tentando se recompor.

Potter passou a viver com os tios e descobriu que era bruxo. No seu décimo primeiro aniversário recebeu uma carta da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts o convidando para estudar lá. Então deixou a casa dos tios que não eram bruxos e que o maltratavam para conhecer o mundo da magia. Na escola, onde era famoso por ter sobrevivido ao Voldemort, ele conheceu Rony e Hermione, seus melhores amigos, e Lucius Malfoy, que durante toda a série, nunca gostou de Potter. Harry e seus dois amigos descobriram que existia um plano para roubar uma pedra que oferece ao seu dono a imortalidade, a Pedra Filosofal, e conseguiu impedir o roubo.

Harry Potter e a Câmara Secreta

Em seu segundo ano na escola de magia, aos doze anos de idade, Harry Potter é suspeito de ter aberto as portas da Câmara Secreta, onde, segundo as lendas, há um monstro capaz de acabar com todos os feiticeiros de “Meio Sangue” da Hogwarts. A câmara teria sido construída por Salazar Slytherin e apenas o seu herdeiro conseguiria abri-la. Muitos acreditam que Potter é o herdeiro, pois ele e Slytherin podem falar e entender a língua das cobras.

Lucius Malfoy e Voldemort fazem um feitiço que vitima Ginny Weasley,que é levada para a Câmara. Potter, através de uma passagem secreta, entra na Câmara e luta com Basilisk para salvar Ginny.

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Harry Potter, aos treze anos de idade, cursa o terceiro ano da escola de magia. Sirius é acusado de ter traído os pais de Potter, ele escapa da prisão e todos acreditam que ele virá atrás de Harry. No decorrer da história descobre-se que Black é inocente e que queria apenas esclarecer isso a Potter.

Harry Potter e o Cálice de Fogo

Haverá na escola de magia e feitiçaria, um Torneio Tribuxo. Para o evento, a escola hospeda alunos de Beauxbatons e Durmstrang. Herry Potter é impedido de tentar representar a escola no Torneio devido à sua idade, 14 anos. Entretanto o Cálice de Fogo escolhe o seu nome e o de Cedrico Diggory como representantes.

Além do torneio, há também um baile de inverno, que faz parte da tradição. E nele há um clima de interesse pelo sexo oposto e de ciúmes entre os adolescentes. Na prova final do torneio, Potter e Diggory são transportados para um cemitério. Lá, há uma armadilha preparada por Voldemort. Diggory morre e Potter tem uma pequena quantidade de seu sangue retirada para revitalizar Voldemort, que tenta matá-lo, mas fracassa. O bruxinho retorna a Hogwarts com o corpo de Diggory.

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Harry Potter volta para Hogwartes e o diretor Albus Dumbledore, avisa aos alunos que Voldemort irá retornar. Com o apoio de seu padrinho “Sirius Black” e integrantes da Ordem da Fênix, Potter decide treinar, em segredo, seus amigos, para enfrentar o Lorde das Trevas.

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Voldemort torna-se uma ameaça para os dois mundos, o dos bruxos e o dos não bruxos. Os alunos da escola, como adolescentes que são, estão com os hormônios à flor da pele. Entretanto, um deles se separa dos demais, pois sabe que haverá uma tragédia.

Dumbledore trabalha para preparar Potter para a batalha contra o Lorde das Trevas, e para auxiliá-lo, recruta o Professor Horácio Slughorn, por acreditar que ele tenha informações muito importantes. Afinal, é um velho amigo que possui muitos contatos e conhecimentos.

Harry Potter e as Relíquias da Morte

Harry, Rony e Hermione dão início a uma missão perigosa para achar e acabar com as Horcruxes, o segredo da imortalidade e destruição do Lorde das Trevas. Sozinhos, o trio passa a ter uma dependência mútua, pois no caminho há Forças das Trevas com objetivo de acabar com eles. Simultaneamente, o mundo da magia passa a oferecer perigo a todos os inimigos de Voldemort.

A guerra começou e os Comensais da Morte do Lorde das Trevas conseguiram o controle do Ministério da Magia e até da escola, assustando e capturando quem atravessar o seu caminho, seja quem for. Mesmo assim, eles ainda buscam Harry Potter, que para Voldemort, é o prêmio mais importante. Os Comensais da Morte saem em busca do bruxinho com ordens de levá-lo vivo.

Até então, a saída de Potter é encontrar as Horcruxes antes que os Comensais da Morte o encontrem. Mas, enquanto procura por pistas, Potter descobre a lenda das Relíquias da Morte, que, se for verdadeira, pode oferecer a Voldemort o poder que ele busca incansavelmente. Potter é “O menino que sobreviveu”. Seu passado já decidiu seu futuro. Ele não é mais apenas um menino. E já está perto da batalha final com Voldemort. Para qual se prepara desde que entrou na escola.
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Gabriela Souza

Independente aos 16 anos, buscou desenvolver e trabalhar sua aptidão na comunicação. Andou no escuro, mas com a certeza de que estava no caminho certo. O medo do amanhã é o que o encoraja. Sua história se reescreve como um editor de hábitos simples, com o gosto pelo silêncio, veloz em suas decisões e atitudes, baseadas em uma referência de valores fantástica. Consegue adorar e abominar as pessoas. Apesar de não ter inspirações, carrega um pouco de cada grande amigo que o ajudou.

Construiu uma carreira sólida e, hoje, a busca por uma família saudável é o que o motiva. Dribla o tempo escasso para estar com as três filhas. Além do retorno proporcionado pelo seu trabalho, é nelas em quem encontra seu objetivo de vida. “Quero ser o herói das minhas três filhas”, este é Mário Fernando Souza, 40 anos, reconhecido como o editor das revistas Comunhão, ES Brasil, Prodfor, Super Ilha e diretor da Next Editorial.

Começou sua carreira como locutor. Na rádio Antena 1, pôde ter o privilégio de ser o primeiro profissional a integrar um rede via satélite de São Paulo para mais de 30 rádios no Brasil. Em 1990, teve o prazer de ser a primeira voz na rádio que ajudou a construir, a Antena 1 de Vitória. Estudou publicidade na Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM, e começou a conduzir um trabalho que gerenciava conteúdo. A partir de então, especializou-se em Marketing Editorial que o habilitou ao exercício do Jornalismo.

A Next Editorial existe há 15 anos, e sob a direção de Mário Fernando tem conquistado o mercado pela qualidade através do segmento editorial. “Quando se fala em mídia segmentada, a Next Editorial é impar e praticamente sozinha no mercado”, disse. Dentre muitas reportagens marcantes que conduziu, relembra a matéria sobre mobilidade urbana publicada na ES Brasil. “Fizemos uma projeção com base em muita pesquisa, anunciando o estouro do caos do trânsito em Vitória, quando ele iria acontecer e muito antes dele se tornar eminente”. Com uma satisfação que emanava, contou que a matéria pautou vários veículos da mídia impressa, áudio e televisão por quase um mês, além de render prêmios.

Uma de suas maiores frustrações é acreditar que o seu produto jornalístico não se compara ao mercado ao qual está inserido. “Isso nos frustra porque fazemos o produto focado no Estado que mais cresce no Brasil, elaborando um produto segmentado para nichos absolutamente diferenciados, e não temos a pujança do mercado nos respaldando”, desabafou. Apesar das limitações, ele diz que suas frustrações são transformadas em satisfação com trabalho.

Dentre suas declarações, conta que o que a mídia oferece hoje não é mais o mesmo jornalismo do passado. Falta um componente que era essencial ao jornalista, o romantismo. “Sinto falta da loucura de Assis Chateaubriand, do empenho de Johannes Gutenberg, do entusiasmo de Artur Xexéo, tem que ter o algo mais”, exclamou.

Mário é um profissional que prima pela qualidade, busca competência e carrega em sua carreira jornalística uma bagagem notável. Trabalhou em várias rádios como a Cultura de Linhares e a Rede Antena 1. Trabalhou na agência de propaganda Imagem e Forma, na TV Leste de Governador Valadares, no jornal A Tribuna, tendo já prestado serviços para veículos de comunicação com a Folha de São Paulo, Correio Brasiliense, Rede Gazeta, Rede Record (Brasil) e na editora Abril. Dentre suas conquistas, ele destaca a edição de mais de 600 publicações.
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Gabriela Souza
Conhecido como repositor de energias, é rico em proteínas, vitaminas, fibras e ferro

O açaí é uma fruta que, gradativamente, tem ganhado espaço no Estado. Começou através dos surfistas, a beira das praias, passou a ser consumida pelos freqüentadores de academia e esportistas e, hoje, já não há mais um perfil específico dos adeptos a esse produto. Desde o início, o açaí foi utilizado com o intuito energético, já que é rico em proteínas, fibras, vitaminas, cálcio e ferro. A forma de consumo fica a gosto do cliente, seja como suco, sorvete, na tigela, gelatina, torta, vitamina, entre outras.

Devido ao seu gosto e textura peculiar, ou você ama, ou odeia consumir açaí. A estudante Mariana Costa disse que não consegue gostar do produto. “Já tomei várias vezes, mas não consigo me adaptar ao aspecto terroso que ele possui”, afirmou. Já a estudante Marina Ribeiro, tomaria todos os dias se fosse possível, de preferência, acrescentando morango e leite ninho. Existem ainda, aqueles que nunca experimentaram o produto, é o caso de Louise Maestri. “Nunca tomei açaí, não porque não goste, mas porque nunca tive curiosidade de conhecer”, analisou Louise.

O comerciante Darlon Pegoretti trabalha com esse produto há quatro anos e meio e possui dois pontos de comércio em Vitória. “É muito difícil trabalhar como comerciante de açaí, o consumidor capixaba não é bom, a concorrência existe em todo lugar, mas ele precisa saber onde procurar o produto de boa qualidade”, declarou. O custo do açaí é elevado, mas muitos comerciantes tentam lucrar acrescentando componentes como água ou uma fruta chamada Juçara que, misturada ao açaí, pode não ser percebida, mas possui qualidade inferior ao fruto do açaizeiro.

Valor calórico

Pegoretti ainda argumenta que a mídia começou a divulgar de forma demasiada e, muitas vezes, errônea dizendo que o açaí é altamente calórico e não recomendado para pessoas sedentárias. “Ele não é calórico de forma alguma. O problema é a inclusão dos chamados adicionais (Aveia, castanha, chocoball, granulado, leite condensado, paçoca, sucrilhos, leite em pó, entre outros) ao produto. Se a pessoa coloca banana, mel e granola, é claro que ele vai ficar calórico, mas 100g dele puro contém apenas 45 calorias”, esclareceu.

A professora de nutrição, Sheilian Mara, diz que o valor calórico do açaí depende da dieta habitual da pessoa. “Para quem tem uma dieta desregulada, juntamente com fast-foods, pizzas e outros alimentos, o açaí se tornará um elemento calórico, graças aos hábitos errados. É preciso entender a que o açaí está sendo associado para, então, saber se ele trará benefícios ou não de acordo com os interesses do indivíduo no consumo do produto”, avaliou.

O risco da doença de Chagas

O açaí não preparado de forma correta pode causar sérios riscos ao organismo de um indivíduo. O processo de trituração e congelamento não são suficientes para matar o protozoário Tripanosoma Cruzi, causador da doença de Chagas, mas sim, o processo de pasteurização. A contaminação feita através do tubo digestivo não é comum, porém, através do açaí e da cana-de-açúcar mostrou-se que isso é possível.

A doença de Chagas não tem cura. O professor de Bioquímica, Gamaliel Pires, mostra como o protozoário age no organismo. “O Tripanosoma Cruzi parasita o coração, mais especificamente, o músculo cardíaco, causando lesão e, consequentemente, o que se chama de cardiomegalia, que é o aumento do coração. A partir de então, ele já não tem força para bombear sangue e nutrir os tecidos do corpo”, explicou. Apesar de não possuir cura, o indivíduo pode viver mais de 30 anos com a doença, depende do organismo de cada um, pois, com o tempo, a doença se torna crônica.

O professor orienta saber quem é a fonte que fornece a matéria prima e também tranqüiliza o consumidor. “Hoje em dia todo mundo toma açaí, e o número de pessoas que morrem dessa doença é pouco, não é uma doença comum. Além disso, são muitas as etapas até a contaminação de um indivíduo, não é um processo simples, depende de vários fatores”, contou. Os sintomas da doença são fadiga e cansaço e as áreas de maior ocorrência dos casos são na região Norte e na Bahia.

Conheça a lenda

No local onde existe o açaizeiro, no Pará, existia uma tribo indígena. Nesse período a tribo passava por dificuldades na obtenção de alimentos para todos. Diante disso, o cacique da tribo determinou que todas as crianças que nascessem a partir daquela data deveriam ser sacrificadas. A filha do cacique, Iaça, deu a luz um filho ainda nesse momento, mas ele também não poupou a vida de seu próprio neto.

Ela sentia muitas saudades do filho, foi quando ouviu um choro de um bebê que vinha de uma palmeira. Quando se aproximou, viu que era seu filho, porém, ao abraçá-lo, ele desapareceu. O cacique, sentindo falta da presença da filha, foi procurá-la e a encontrou morta, abraçada a uma palmeira e olhando os frutos escuros que nela havia. Percebeu, então, que esse era o alimento do qual a tribo necessitava. Imediatamente suspendeu a ordem de sacrificar os bebês e, em homenagem a ela, deu ao fruto o nome de Açaí, Iaça ao contrário.
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Gabriela Souza
Harmonia, acordes, melodia e ritmo são estruturas que compõem tanto o cenário erudito quanto o da Música Popular Brasileira. Apesar de o embasamento teórico ser o mesmo, o ouvido percebe o contraste das formas que são tomadas quando se toca um e outro. Enquanto o primeiro preza pelo exato e consonante, a MPB permite criar a partir do que já existe, improvisar, além de mostrar o gingado peculiar, inerente ao seu ritmo.

Movida, principalmente, por instrumentos eletrônicos, de corda e piano, a MPB encontra-se nas camadas mais simples da sociedade. Hoje, o momento é do Funk, que movimenta milhares de jovens de todo o país, seja ele de classe baixa ou classe alta. Segundo a professora de percepção e ritmo, Sandra Miranda, a MPB cada vez mais tem tomado proporções maiores. “Você percebe quando uma música é feita no laboratório e quando é feita no morro, da própria realidade do país, e isso é fantástico, afirmou a professora.

A música brasileira é uma miscelânia, ou seja, uma gama de conteúdos variados expostos a sociedade. É preciso, porém, ser seletivo para absorver um produto elaborado e harmonicamente estruturado. “Existem dois tipos de música popular. O primeiro é acadêmico, para apreciar tecnicamente, o segundo, é aquele que te faz descontrair”, disse Thiago Pessanha, estudante do curso técnico de MPB da Faculdade de Música do Espírito Santo, Fames.

A professora de MPB, Luciana Castelo, diz que hoje o brasileiro aceita tudo o que é oferecido, há uma banalização do que realmente é música, porque perderam princípios, conceitos e moralidade para exigir produto de qualidade. “Não acho que ela é valorizada porque o que a grande massa gosta é do balanço, da batida da música, se colocar isso em números, a MPB que vende não é a do Tom Jobim, do Chico Buarque, mas é a dos cantores do Funk, que ainda precisam melhorar suas técnicas e letras”, contou a professora Luciana.

Samba

O Samba é uma vertente que encanta de tal maneira instrumentistas e dançarinos da MPB. Passou por várias direções como o Samba-canção, o Carnavalesco e o Sambalanço, até estourar nas rádios com compositores e cantores como Martinho da Vila, Bezerra da Silva, Clara Nunes e Beth Carvalho. Após esse período, o Samba retoma seu cenário sob a forma de pagode, com uma linguagem mais popular e novos instrumentos. Hoje, é o gênero musical que melhor representa a música popular brasileira.

Os sucessos da MPB

O marco da história se deu com a junção de dois ritmos musicais, o lundu e a modinha. O primeiro caracteriza-se por uma batida forte e dançante, o segundo, é erudito e melancólico. No decorrer do tempo, surgem vários gêneros dentro da MPB segundo as conjunturas presentes do momento, como a Bossa Nova, o Sertanejo, o Chorinho e o Samba-canção.

No século XIX, o Chorinho ganhou o seu espaço com o sucesso da marchinha carnavalesca ô abre alas composta pela cantora Chiquinha Gonzaga. O Samba aparece no século XX, com gravações do compositor Pixinguinha. Com um caráter mais sofisticado e suave, surge, na década de 50, a Bossa Nova. Diferente de outros gêneros, a Bossa fez sucesso no exterior com Tom Jobim e João Gilberto. Neste momento, aparecem personalidades como Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, com o Festival de MPB organizado pela TV Record, que começava a popularizar-se.

Com sucessivas apresentações em boates e bares das grandes cidades, destaca-se Maria Bethânia. Além dela, também surgem personalidades como Djavan, Cazuza, Tim Maia e Raul Seixas. A partir dos anos 80, sob fortes influências de outros países, vários estilos musicais ganham evidência no país. No Rock, destaque para Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e Rita Lee. No Rap, ganha visibilidade os cantores Gabriel, o pensador, O Rappa e o grupo Planet Hemp. E as duplas Leandro e Leonardo e Chitãozinho e Xororó, compõem o cenário da música sertaneja.

Lançamento do filme “Uma Noite em 67”

Promovido pelo Festival Rumo Estação Cinema, Rec, o Filme Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, relata o III Festival de Música Popular Brasileira organizado pela Tv Record. Na disputa, estavam Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo. Com a utilização de imagens originais, o filme registra as principais conjunturas da época vividas pela sociedade, como a ditadura e a proeminência do Tropicalismo.
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Gabriela Souza
Após o surgimento de novas tecnologias para a publicação de conteúdo como a internet, o processo de produção, edição e impressão de livros na forma convencional se tornou questionável. Além da velocidade e facilidade de acesso a informação, a digitalização do material impresso é uma forma de preservação da memória cultural, pois evita que os livros se estraguem nas prateleiras das bibliotecas devido as más condições de armazenamento. Por outro lado, apenas uma pequena parte da população tem acesso à internet. Ou seja, só terá acesso ao conteúdo digital quem possuir a tecnologia necessária para isso.

Daqui a algum tempo, os aparelhos que estão em alta no mercado e custam muito caro, serão baratos. As novas tecnologias chegam caras, mas com o tempo se tornarão mais acessíveis as pessoas, é o que diz o professor de Tecnologias da Comunicação de uma instituição de ensino superior, Roberto Teixeira. “A tendência é as tecnologias virem e participarem do cotidiano da sociedade sem elas nem perceberem as mudanças. Mas, na verdade, o que mudará será apenas o suporte, ou seja, a forma e o meio com o qual o conteúdo dos livros será passado as pessoas”, afirma o professor.

Essas novas tecnologias podem ser exemplificadas por dois aparelhos que podem em muito facilitar a vida das pessoas nesse sentido: O Ipad que, dentre várias funcionalidades, possui o aplicativo iBooks para a leitura de arquivos em formato digital. E o Kindle, que pode transformar textos escritos em textos falados e armazenar até cerca de 1.500 livros, é uma referência para a leitura digital, além de servir para outros fins. Com toda essa facilidade de armazenar, transferir e obter o conteúdo de livros eletrônicos é que se instauram as discussões a respeito do futuro do livro.

O professor Roberto Teixeira observa que os livros ainda vão durar um bom tempo, simplesmente porque as pessoas gostam de ler e de manusear o livro. “Ele carrega um peso de sentimento muito grande, talvez, por esse motivo, acredito que o tempo de vida útil dele será mais duradouro do que o tempo dos jornais, por exemplo. Mas, se um dia a publicação de livros acabar, ainda poderá haver lugares onde eles existam, porém, em proporções menores”, completa Teixeira.