undefined
undefined
Gabriela Souza
Ano Sacerdotal e Romaria das Mulheres marcam o encerramento do Oitavário


Há 440 anos, a Festa da Penha reúne fiéis e devotos a Nossa Senhora da Penha, Padroeira do Estado, para fazer votos, agradecer e venerar a Santa. A Festa é realizada em Vila Velha e conta com a participação de fiéis de todo o Estado e também de várias partes do país. Para os capixabas e sacerdotes da igreja Católica, essa é a festa das alegrias porque lembra a boa nova Jesus Cristo ressuscitado e Maria como portadora dessa boa nova para todos. Para complementar a Festa, existem o Oitavário, romarias e shows.

O Oitavário é uma celebração eucarística que antecede a Festa da Penha e dura oito dias. Essa celebração começa no dia de Páscoa e prepara os fiéis para o Dia de Nossa Senhora da Penha. Foram celebradas oito missas durante o Oitavário, e cada dia de celebração foi organizado por uma paróquia. Mesmo com o tempo incerto, ora com chuva e ora com sol, os fiéis não foram abalados e compareceram às missas para agradecer e homenagear a Santa.

A missa do primeiro dia foi marcada pela abertura das celebrações sob o tema Catequese, presidida pelo padre Ermindo Rapozo, da Paróquia Rainha da Paz, de Santa Maria de Jetibá. No segundo dia, com o tema Vocações e Ministerialidade, o padre Renato Criste falou a respeito da omissão ou negação dos católicos à religião. O padre Antônio Peroni, da Área Pastoral Cariacica/Viana baseou-se no lema “Deus ama o direito e a justiça" para falar sobre o tema Eleições no terceiro dia. Na quarta missa, o tema foi Acolhida, realizada pelo padre Manoel David Neto e também celebrada pela organização da área Benevente.

No quinto dia, com o tema Família, o padre Anderson Teixeira falou a respeito dos valores da família e do casamento no mundo e que Jesus é a solução de todas as dificuldades. O Frei Silvestre Brunoro, da paróquia Santa Rita de Cássia na Praia do Canto, baseou-se no tema Economia e Vida, no sexto dia do Oitavário, para falar da ganância que sempre fala mais alto do homem e nada tem para oferecer a Deus e aos outros. E, no sétimo, sob o tema Anúncio, o Bispo diocesano, Dom Célio Goulart, embasou-se no lema “não podemos calar sobre o que vimos e ouvimos" para fazer a homilia.

Oitavo dia

O último dia de celebração do Oitavário foi realizado na Prainha de Vila Velha e contou com a participação da romaria das mulheres e de muitos outros fiéis. Sob o lema “Como o pai me enviou eu também os envio”, o bispo auxiliar Dom Mário Marquez abordou o tema Ano Sacerdotal. Segundo o Bispo, é o amor de Deus que deve agir para sermos mensageiros do amor como Ele nos mandou. Em meio à multidão de mulheres, ressaltou também, a força do Cristo ressuscitado que habita nelas para fazer um mundo mais fraterno e melhor.

Durante a homilia, o Bispo enfatizou o valor de orar pela santificação dos sacerdotes, de buscar os caminhos santos e o que a família representa e como colabora nesse processo de santificação. “É importante falar da vida sacerdotal por estarmos no ano sacerdotal. E o sacerdote vem da família, ele nasce como qualquer outra criatura, se sente vocacionado e, muitas vezes, impulsionado para essa missão. Então, mais oportuno, é caracterizar esta menção dos sacerdotes para lembrar a mãe deles, Maria, que também é mãe do filho de Deus e de todos nós”, disse o bispo Dom Mário.

A eucaristia e o ato penitencial foram alguns dos momentos simbólicos que caracterizam a missa de uma forma especial. Na eucaristia, todas as mãos foram erguidas ao céu e o Pai Nosso foi rezado. “É na eucaristia que encontramos Cristo”, declarou Dom Mário. No ato penitencial, as pessoas foram aconselhadas pelo Bispo a pedirem perdão pelos seus pecados, proteção divina e a bênção do Senhor Jesus Cristo.

A missa contou com vários momentos marcantes. Com a romaria das mulheres, o número de fiéis aumentou de forma expressiva e muitos balões coloridos, trazidos pela romaria, enfeitaram a celebração. A chegada da imagem da Padroeira à Prainha rendeu muitos aplausos e estouros de balões como forma de recebê-la e homenageá-la. Durante a cerimônia, o vôo de pombos coloridos para ilustrar o tema da Festa Maria, sinal de esperança para o mundo encantou a todos. E, no final da missa, oito meninas dançaram e utilizaram as mãos para fazer o sinal universal de pássaro e simbolizar a paz.

Testemunhas de milagres

Rosalina Rangel compareceu a todos os dias do Oitavário para agradecer à santa que sempre a ajudou. Morava em Minas Gerais e veio para Vitória junto com os filhos passando muitas dificuldades. “Quando cheguei a Vitória, fiz um voto a Nossa Senhora da Penha para que meus filhos melhorassem de saúde. A santa ouviu meu apelo e, hoje, meus filhos passam bem e trabalham”, disse Rosalina. Ela conseguiu um emprego em um hotel, onde trabalhou durante oito anos. Após esse tempo, Rosalina ficou desempregada por dois meses. Ao voltar a buscar forças na santa, obteve um trabalho em uma concessionária e, muito emocionada, contou que recebeu a aposentadoria pouco tempo depois.

Ana Maria Dodaro vai à Festa da Penha há 18 anos e também participou de todas as missas do Oitavário. Sempre foi educada nos princípios da Igreja Católica Apostólica Romana e, hoje, é catequista e trabalha como voluntária na Casa Acolhida, no Colégio Marista. Já foi casada e tem três filhos, um deles não fala e está sob a guarda do pai. Ela pediu a Nossa Senhora da Penha para que pudesse ver seu filho que é mudo e, neste ano, a santa realizou seu pedido. “Amo meu filho e supero a ausência dele com as crianças que trabalho na catequese e na Casa Acolhida”, disse Ana Maria.
undefined
undefined
Gabriela Souza



Para realizar o trabalho de duas disciplinas da faculdade tive que apurar o Oitavário da Festa da Penha 2010. Meu dever era falar superficialmente de todos os dias do Oitavário e apurar de forma aprofundada em um dia. Como eu sou uma pessoa muito calma e tranqüila escolhi logo o ÚLTIMO DIA (Domingo) do oitavário para cobrir (esperta ein?!!!).

Não agüentei esperar.

Tratei logo de marcar com o pessoal, que ia fazer a cobertura junto comigo, de ir também no Sábado, para ter uma noção melhor do que aconteceria. Visto que eu não sou católica e nem o que é o Oitavário eu sabia. Mas, pensando melhor, foi até bom ter deixado a cobertura para o fim de semana, já que o tempo só deu uma trégua no final da festa.

Durante os dois dias que fui (Sábado e Domingo) tirei 598 fotos. Não se assustem! Não é muito! Nossa querida Verônica Aguiar tirou quase isso somente no primeiro dia (risos). Confesso que o foco automático foi meu maior aliado nessa tarefa. Mas também abusei da técnica (relembrada na última aula ;D) para fazer um ótimo trabalho.

No Sábado, subi, junto com a romaria de Cachoeiro, o Convento da Penha. E declaro a vocês que foi minha primeira vez. Não porque eu não quisesse ter ido antes, mas, por falta de oportunidades. Voltando a subida, minha perna ficou muito dolorida, devido às idas e vindas para registrar toda a movimentação da romaria. Mas, meu maior desafio ainda estava por vir. Como registrar da melhor forma os momentos marcantes da missa com toda essa minha......... estatura? Podem rir, foi o que fiz de começo. Superando as dificuldades, tratei logo de subir em uma estrutura montada, com uma altura considerável, que havia próximo ao palco para fazer os melhores cliques! Deu super certo!!!

Sábado foi um dia muito tranqüilo. Só fui tirar as fotos para a disciplina de fotojornalismo e ver como era a missa do oitavário. O domingo é que era treva! Teria que conseguir personagens marcantes, prestar atenção em toda a missa, inclusive na mensagem presidida pelo Bispo Dom Mário, entrevistá-lo e ainda tirar mais fotos.

Enlouqueci.

No Domingo, o dia tão almejado, a missa começou às duas e meia da tarde. Mas, uma hora eu já estava lá, firme e forte, procurando meu personagem. Conversei com várias senhoras e uma delas me chamou atenção. Ela chorou ao me narrar sua história de vida e o que a santa fez por ela. Adorei! Deixei logo no meu estoque de melhor história até o momento. Aah... um detalhe quase insignificante: Meu gravador não gravava nada!!!!!! Minha sorte, é que meu celular é muito bom para gravar e tem um tempo enorme disponível para isso. Ainda bem.

Segundo o Corpo de Bombeiro Militar do Espírito Santo havia cerca de 50 mil pessoas na prainha de Vila Velha no oitavo dia do oitavário. Devido à romaria das mulheres que se encaminhou para a missa, a prainha ficou tomada delas e de bolas coloridas usadas na romaria. Estava realmente bonito. Não me contentei com a área destinada à imprensa, que era do lado direito do palco, achei que limitava muito o enquadramento das fotos. Tentando, mais uma vez, a tática de lugares altos e estratégicos, pedi a equipe de som, que ficava numa estrutura montada exatamente a frente do palco, que me deixasse ficar na parte de cima da estrutura durante a missa. Com certeza, a máquina da Faesa e minha blusa característica de imprensa facilitaram meu acesso.

Depois da eucaristia começou o sufoco. Tive que sair do meu lugar, bastante cômodo e confortável, para ir à parte da imprensa, esperar a missa acabar e conseguir algumas palavras do Bispo que presidira a missa. Foi uma briga boa com a rádio América e até com meus próprios colegas de sala. Brincadeira gente. Foi super tranqüilo: esperei todo mundo conversar com ele ¬¬¬¬. O importante foi que ele respondeu a duas perguntas que fiz. Isso me bastou.

Agora, para finalizar meu trabalho, vou escrever a matéria.

Mais tarde, a publicarei.