A partir do momento em que o indivíduo começa a ter suas próprias opiniões e atitudes, ele toma determinados assuntos e vertentes como negativos ou positivos. Isso se deve a tradições familiares, a convivência com outros indivíduos e determinadas experiências que vão aparecendo ao longo do tempo. O preconceito surge quando a pessoa não conhece o objeto, a pessoa ou a circunstância a que foi submetida e dessa forma cria e formula pensamentos e conceitos sem procurar conhecer realmente. O mundo passa por constantes mudanças, tanto no ramo tecnológico quanto no político, social entre outros, e a pessoa que não consegue se adaptar as novas tendências tende a rejeitá-las e a se fechar. Como o tema é de grande abrangência, ater-me-ei ao preconceito social.
Segundo a reportagem "Capixaba conhece preconceituosos, mas não admite ter este comportamento, diz pesquisa" publicada no jornal A Gazeta pelo repórter Rodrigo Rezende, são poucas as pessoas que reconhecem ter preconceitos sociais. Porém, ao notar e culpar o problema à sociedade, o percentual já não é baixo assim. "Dos 407 entrevistados na Grande Vitória, no dia 10 de dezembro de 2009, apenas 24,8% reconheceram que tratam as pessoas de forma diferente devido a influência ou classe social. Além disso, 28,5% dos capixabas têm a tendência de culpar os menos favorecidos em casos de crime", observa o repórter.
Muitas pessoas sentem medo ao passar perto de outra que tenha uma aparência feia e suja, acham que vão ser abordadas e assaltadas. Ao entrar no ônibus o assento é sempre meticulosamente escolhido. Em uma seleção de emprego, as empresas preferem contratar pessoas que tenham um poder aquisitivo mais alto. Esses são exemplos simples e que passam despercebidos, mas que provam o preconceito.
A pesquisa relatada na reportagem apontou também que a classe C possui a mesma percepção da classe A e B. "O preconceito social pode até parecer uma exclusividade das pessoas mais ricas, no entanto, segundo a Futura, as pessoas com menos renda e escolaridade são tão preconceituosas quanto os entrevistados de classes altas. Nesta consulta, 57,9% cidadãos da classe C responderam que o brasileiro trata as pessoas de forma diferente de acordo com a influência ou posição social que elas possuem. Já 52,6% dos respondentes das classes A/B tiveram a mesma percepção", confirma a pesquisa.
Cuidado ao dizer que é livre de preconceitos, é simplesmente inexequível. Ele pode estar tão enraizado que você pode não o perceber, nem mesmo o esconder, as reações do homem a determinadas situações da vida são demasiadamente rápidas, e dessa forma, você pode invalidar sua palavra.
Muito reflexivo o texto... Espero poder encontrar outros assuntos aqui...
Parabéns Gabriela.
Seus textos são ótimos, você os estrutura muito bem.